3 de junho de 2012
AMO-TE ASSIM...
Amo como ama o amor.
Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar.
Que queres que te diga, além de que te amo,
se o que quero dizer-te é que te amo?
(Fernando Pessoa)
16 de março de 2011
FINAL DO DIA
7 de janeiro de 2011
FICAR SEM TI
Ficar sem ti é ter a noção do tempo e não saber preenchê-lo, é perder a paz e conhecer a ausência de alguém presente.
Ficar sem ti, talvez seja o maior desafio para o meu coração, é ter necessidade de me manter acordada para a vida enquanto meu corpo adormece na tua ausência.
Ficar sem ti é tentar permanecer calada enquanto meu peito grita, é procurar respostas e não encontrar, é descobrir forças no infinito, é morrer de saudades a todo instante...
Ficar sem ti, talvez seja o maior desafio para o meu coração, é ter necessidade de me manter acordada para a vida enquanto meu corpo adormece na tua ausência.
Ficar sem ti é tentar permanecer calada enquanto meu peito grita, é procurar respostas e não encontrar, é descobrir forças no infinito, é morrer de saudades a todo instante...
6 de janeiro de 2011
3 de janeiro de 2011
MEDO
25 de dezembro de 2010
NÃO SEI
Não sei onde estás. Não sei como estás. É um estado neutro, estúpido. O tempo passa e tudo muda e tudo fica na mesma. Estás longe. Não sei onde, mas não chego lá. E o tempo não faz nada e muda tudo. Não estás mais perto, é óbvio. Mas também não estás mais longe. Estás algures a meio do caminho e ainda assim uma metade inalcançável.
E a tua imagem paira à minha volta, todos os dias, a todas as horas. E o telefone toca e nunca és tu. Nunca vai aparecer o teu nome no visor. Nunca vou ouvir a tua voz do outro lado. Essa voz que eu ainda conheço.
Ainda sei de cor a tua pele, o teu toque. Ainda procuro o teu cheiro nalgumas camisolas, antes de as vestir. Ainda tenho a tua mão na minha, desde a última vez.
Não sei falar de ti. Não sei falar no passado de alguém que ainda está tão presente na minha vida. Porque todos os dias há qualquer coisa que me faz lembrar de ti. Há uma história tua que eu conto a alguém, há um episódio nosso que eu resolvo partilhar. E depois há a minha vida a acontecer.
Tínhamos tanto para dar ainda...
Miss you, today, every day.
(Yellow Submarine)
E a tua imagem paira à minha volta, todos os dias, a todas as horas. E o telefone toca e nunca és tu. Nunca vai aparecer o teu nome no visor. Nunca vou ouvir a tua voz do outro lado. Essa voz que eu ainda conheço.
Ainda sei de cor a tua pele, o teu toque. Ainda procuro o teu cheiro nalgumas camisolas, antes de as vestir. Ainda tenho a tua mão na minha, desde a última vez.
Não sei falar de ti. Não sei falar no passado de alguém que ainda está tão presente na minha vida. Porque todos os dias há qualquer coisa que me faz lembrar de ti. Há uma história tua que eu conto a alguém, há um episódio nosso que eu resolvo partilhar. E depois há a minha vida a acontecer.
Tínhamos tanto para dar ainda...
Miss you, today, every day.
(Yellow Submarine)
1 de dezembro de 2010
MAIS UM ROSTO
Procuro, mas não enxergo o alvo.
E calo o meu silêncio para ver
Se o mundo ainda existe e insiste em ser o mesmo.
Eu me disfarço sempre...E não me encontro.
Nem sei qual a cor da dor de ser mais um rosto que mente...
O certo é o incerto que ficou.
E o mundo ainda gira e gira e gira e volta sempre...
(Sandy Leah Lima)
24 de outubro de 2010
20 de dezembro de 2009
MAIS UMA VEZ
Hoje dói cá dentro. Desilusão. Saudades. Só.
Não adianta fingir que não sinto. Não adianta evitar envolver-me com as pessoas, porque mesmo fazendo-o acabam sempre por me tocar o corpo, a alma, o coração.
Voltam sempre a magoar-me fechando-me em mim.
Porque tem de ser assim?
Grita o tempo.
Estala o coração de vidro pintado.
Chove lá fora.
Tudo se desmorona.
Mais uma vez. Sempre mais uma vez.
4 de outubro de 2009
SONHO
«Acabo por adormecer de cansaço e sonho contigo, ou então imagino que vais aparecer a meu lado, beijos de esperança na luz da manhã, para podermos começar tudo de novo, desta vez sem ir embora.
A verdade é que, como me ensinaste o amor, não sinto mais grande entusiasmo com encontros de uma só noite e não sei se sou capaz de me apaixonar de novo, por isso vou tentar encontrar um caminho, às vezes fico como que a aguardar o teu regresso, noutros momentos apenas contigo dentro de mim, para viver a vida de outro modo.»
(Daniel Sampaio, 'Tudo o que temos cá dentro')
26 de agosto de 2009
BATIMENTOS CARDÍACOS DO PASSADO
Porque não dá para voltar ao passado e voltar a viver tudo de novo?! Escrever a história perfeita de um "nós". Sabia que tu eras tudo o que queria, mas tinha medo de ser feliz. Achava que merecias muito melhor. Eu era insegura de mim, vivia numa montanha russa, e, tu: tudo o que eu sonhava..tanto que eu não conseguia crer nisso.
Eu só queria mais um dia, mais uma oportunidade para viver esse amor que até hoje não esqueci.
Aquele primeiro jantar, a troca de olhares simultânea, a flecha do cupido... o tempo parou naquele momento. O teu olhar querido, a tua ingénua maneira de ser, os teus gestos de paixão, os desenhos... minha perdição, minha loucura, meu maior erro. Afastei-te o mais que pude, quando tudo o que queria era perder-me ainda mais em ti.
Hoje reconheço que foste o meu primeiro grande amor, a única pessoa a quem pela primeira vez me entreguei, a única pessoa que amei de verdade.
Julguei-te página virada da minha vida. Mas a verdade é que nunca procurei esquecer-te. E, não obstante foste tornando-te cada vez mais presente...Presente ao ponto de querer transformar em ti, qualquer outra pessoa que entrasse na minha vida.
Deixaste a tua marca profunda em mim...
A verdade é que gostava mesmo de ti e acabei por abrir mão por julgar o contrário.
Sinto-me ridícula por ter de admitir algo que percebi talvez tarde, mas que já não dá para esconder mais de mim nem de ninguém: Gosto de ti, gosto mesmo de ti.
E, não. Não o digo de forma impulsiva ou levianamente. Tenho plena consciência de tudo o que isto representa. Tomara a oportunidade de te o poder provar se não te afastasses cada vez mais.
Aprendi a minha lição...mas sinto tanto a tua falta...
Nunca te vou esquecer.
11 de agosto de 2009
NUA
Dispo-me de palavras irreflectidas, de memórias passadas, de mágoas cravadas no coração.
Dispo-me de pecados momentâneos.
Dispo-me da máscara que todos os dias teimo em mostrar ao mundo.
Dispo-me de sorrisos sem sabor.
Dispo-me de canções que me lembram pessoas ou acontecimentos.
Dispo-me de mim. De ti jamais.
Dispo-me do Mundo.
Nua.
Mergulho na água gelada da banheira meia vazia.
Inspiro o ar contaminado pelo meu cheiro a pessoa.
Inspiro com força e mergulho a cabeça na água. Também a minha cabeça está nua.
Adormeço e deixo de sentir.
Abro os olhos de repente.
Ergo o corpo despido e já não existem limites.
A banheira deu lugar a um lago perdido no meio do nada.
A água continua gelada e eu continuo despida.
Mas já não há limites.
Passeio o olhar sobre a linha do horizonte.
Qual horizonte?
Não há limites, não há horizonte.
Não há nada.
Sou só eu e a água gélida.
Subitamente a água evapora.
Estou em pé no meio do nada.
Corpo despido.
Perco-me.
Caminho lentamente em busca de nada.
Abro os olhos.
Sonho estranho, este.
Rebolo na cama e procuro dormir novamente.
O relógio marca a meia-noite.
Sinto-me solta.
Solta dos lençóis bordados.
Solta das paredes que me rodeiam.
Solta do chão.
Solta das amarguradas manhãs.
Solta das amarguradas tardes.
Solta das amarguradas noites.
Presa apenas a ti.
Nós...
(Rodrigo & Quebra-nozes)
Dispo-me de pecados momentâneos.
Dispo-me da máscara que todos os dias teimo em mostrar ao mundo.
Dispo-me de sorrisos sem sabor.
Dispo-me de canções que me lembram pessoas ou acontecimentos.
Dispo-me de mim. De ti jamais.
Dispo-me do Mundo.
Nua.
Mergulho na água gelada da banheira meia vazia.
Inspiro o ar contaminado pelo meu cheiro a pessoa.
Inspiro com força e mergulho a cabeça na água. Também a minha cabeça está nua.
Adormeço e deixo de sentir.
Abro os olhos de repente.
Ergo o corpo despido e já não existem limites.
A banheira deu lugar a um lago perdido no meio do nada.
A água continua gelada e eu continuo despida.
Mas já não há limites.
Passeio o olhar sobre a linha do horizonte.
Qual horizonte?
Não há limites, não há horizonte.
Não há nada.
Sou só eu e a água gélida.
Subitamente a água evapora.
Estou em pé no meio do nada.
Corpo despido.
Perco-me.
Caminho lentamente em busca de nada.
Abro os olhos.
Sonho estranho, este.
Rebolo na cama e procuro dormir novamente.
O relógio marca a meia-noite.
Sinto-me solta.
Solta dos lençóis bordados.
Solta das paredes que me rodeiam.
Solta do chão.
Solta das amarguradas manhãs.
Solta das amarguradas tardes.
Solta das amarguradas noites.
Presa apenas a ti.
Nós...
(Rodrigo & Quebra-nozes)
10 de agosto de 2009
SENTIDO
Procuro devolver a mim o sentido de querer alguém, do gostar, de permitir ser amada, desejada...ansiando perder-me também noutro olhar, noutros braços, num porto seguro em que atraque o meu ser intempestivo e dissolva os meus medos.
Tento dessincronizar-me dos velhos batimentos cardíacos deixando de te resistir.
Sim. Gosto de gostar de ti...
20 de junho de 2009
THE END
Decididamente o tempo foi demais...
"Faz da tua ausência o bastante para que alguém sinta tua falta, mas não a prolongues demais para que esse alguém não aprenda a viver sem ti."(autor desconhecido)
Ou o sentimento foi de menos...
"Ao perder-te a ti perdemos tu e eu: eu porque tu eras o que eu mais amava, e, tu porque eu era quem mais te amava. Mas de nós dois quem mais perde és tu: porque eu poderei amar outras pessoas como te amava a ti, mas a ti não te hão-de amar como eu te amava"(Ernesto Cardenal)
Chegou ao fim a nossa história. Porquê? Porque tinha de ser assim? "Why didn't he catch my falling star?"
Eu esperei e tu deixaste-te levar pelos sentimentos do momento. Não lutaste por nós.
Escolhas. Eu escolhi-te a ti e tu escolheste outro caminho que não cruzava com o meu.
Deleito-me numa incompreensão do que se passou, e, na sensação de ainda gostares de mim e de que nunca te serei indiferente. Ficam assim num rasgo do tempo, os momentos, as saudades, o amor desmedido e a entrega total, meio na contramão.
Mas, chegou a hora de virar a página e também eu encontrar a felicidade. Mereço-o. Não quero ser a outra, não quero restos, quero alguém por completo e inteiro e que goste verdadeiramente de mim. Julguei-te a pessoa certa e critico o meu coração por ainda continuar a acreditar nisso. Talvez seja egoísmo. Mas eras meu e eu tua. Porém não se escolhe quem se ama.
Resta-me desejar não ter desejado tanto e que sejas feliz, aprendas a seguir o teu coração e lutar pelo que queres. Porque quando se quer, tudo se consegue.
Não sei se tomaste a decisão certa. O destino encarregar-se-á de te o mostrar. Tal como o fez comigo.
Se é que ainda havia uma réstia de esperança, foi-se...Se é que ainda havia uma última lágrima, evaporou. E, caiu uma pedra sobre o meu coração. Hoje tranco cá dentro tudo o que sinto. Hoje dói-me a alma. Mas basta de ilusões, a vida continua apesar de eu não querer dizer adeus e ter que admitir que estás mais longe do que o meu amor possa alcançar e que pertences a outro alguém.
Fim do capítulo (ver vídeo abaixo): NOVA VIDA.
"Faz da tua ausência o bastante para que alguém sinta tua falta, mas não a prolongues demais para que esse alguém não aprenda a viver sem ti."(autor desconhecido)
Ou o sentimento foi de menos...
"Ao perder-te a ti perdemos tu e eu: eu porque tu eras o que eu mais amava, e, tu porque eu era quem mais te amava. Mas de nós dois quem mais perde és tu: porque eu poderei amar outras pessoas como te amava a ti, mas a ti não te hão-de amar como eu te amava"(Ernesto Cardenal)
Chegou ao fim a nossa história. Porquê? Porque tinha de ser assim? "Why didn't he catch my falling star?"
Eu esperei e tu deixaste-te levar pelos sentimentos do momento. Não lutaste por nós.
Escolhas. Eu escolhi-te a ti e tu escolheste outro caminho que não cruzava com o meu.
Deleito-me numa incompreensão do que se passou, e, na sensação de ainda gostares de mim e de que nunca te serei indiferente. Ficam assim num rasgo do tempo, os momentos, as saudades, o amor desmedido e a entrega total, meio na contramão.
Mas, chegou a hora de virar a página e também eu encontrar a felicidade. Mereço-o. Não quero ser a outra, não quero restos, quero alguém por completo e inteiro e que goste verdadeiramente de mim. Julguei-te a pessoa certa e critico o meu coração por ainda continuar a acreditar nisso. Talvez seja egoísmo. Mas eras meu e eu tua. Porém não se escolhe quem se ama.
Resta-me desejar não ter desejado tanto e que sejas feliz, aprendas a seguir o teu coração e lutar pelo que queres. Porque quando se quer, tudo se consegue.
Não sei se tomaste a decisão certa. O destino encarregar-se-á de te o mostrar. Tal como o fez comigo.
Se é que ainda havia uma réstia de esperança, foi-se...Se é que ainda havia uma última lágrima, evaporou. E, caiu uma pedra sobre o meu coração. Hoje tranco cá dentro tudo o que sinto. Hoje dói-me a alma. Mas basta de ilusões, a vida continua apesar de eu não querer dizer adeus e ter que admitir que estás mais longe do que o meu amor possa alcançar e que pertences a outro alguém.
Fim do capítulo (ver vídeo abaixo): NOVA VIDA.
14 de junho de 2009
TUDO E NADA
...Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Porém, essa terceira perna perdi. E, voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas.
Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar. Mas, a ausência inútil da terceira faz-me falta e assusta-me, era ela que fazia de mim uma coisa decifrável por mim mesma e sem sequer precisar me procurar...
"Lembras-te que o plano era ficarmos bem?" Porque é que sempre que digo adeus tu seguras-me e quando sou tua te recusas? De repente chega ser estranho todo tipo de gostar em que nem me lembro onde ficaram as coisas boas...
"Eu deixo a onda acertar-me, e o vento levar tudo embora".
Só não sei se sinto mais por não me ter ou por sentir a perder-me outra vez... "Dos nossos planos é que tenho mais saudade: quando olhávamos juntos na mesma direcção.
Porém, quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada.
Por isso digo, quando não obtivermos o amor, o afecto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor rende-se aos nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos apenas um só caminho...o de mais nada fazer. NADA!
(Clarice Lispector)
Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar. Mas, a ausência inútil da terceira faz-me falta e assusta-me, era ela que fazia de mim uma coisa decifrável por mim mesma e sem sequer precisar me procurar...
"Lembras-te que o plano era ficarmos bem?" Porque é que sempre que digo adeus tu seguras-me e quando sou tua te recusas? De repente chega ser estranho todo tipo de gostar em que nem me lembro onde ficaram as coisas boas...
"Eu deixo a onda acertar-me, e o vento levar tudo embora".
Só não sei se sinto mais por não me ter ou por sentir a perder-me outra vez... "Dos nossos planos é que tenho mais saudade: quando olhávamos juntos na mesma direcção.
Porém, quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada.
Por isso digo, quando não obtivermos o amor, o afecto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue; outras vezes, nada damos e o amor rende-se aos nossos pés.
Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos apenas um só caminho...o de mais nada fazer. NADA!
(Clarice Lispector)
7 de junho de 2009
6 de junho de 2009
AS COISAS
Agora vejo que as coisas que um dia foram verdadeiras, grandes e perfeitas, nunca deixam de o ser, mesmo quando têm um fim. E nada, mas mesmo nada, vai suplantar o que um dia foi eterno. As coisas efémeras também são eternas. Assim como as eternas são, às vezes, efémeras. E, o que se diz não é o que se sente e o que se sente não é o que se diz. Raramente as coisas são como são. E raramente basta um dicionário à mão, para decifrar essas coisas.
31 de maio de 2009
29 de maio de 2009
JOGO
É estranho como a vida parece um conjunto de sucessivas jogadas, movimentos. Cada estratégia projectada, cada tomada de decisão leva-nos a um ou a outro caminho.
Certo ou errado?! Será que tudo já estava pré-destinado não acontecendo nada por acaso, ou pelo contrário nós é que fazemos, construímos o nosso futuro!?
Às vezes tenho a sensação de ser uma marioneta nas mãos de alguém superior e inatingível que tenta mostrar algo que não quero ou não consigo ver. Porém, no espelho do tempo, tento deixar de ser aquilo que quero ser, para ser o que sou na realidade e lutar por ser feliz num presente muito meu, mergulhado na aleatoriedade dos acontecimentos da vida e das pessoas com as quais me cruzo.
Há pessoas que passam simplesmente pela nossa vida e há outras que por muito ou pouco breve que tenha sido o seu flutuar por nós deixou a sua marca profunda. Tal como os obstáculos e as provas a superar colocadas, nos sirvam para mostrar, ensinar algo e tornar-nos mais fortes.
A vida ensinou-me que nem tudo é o que parece e que de nada me serve deleitar numa ingenuidade quase infantil de outrora.
Não consigo controlar tudo o que me é exterior, porém posso racionalizar as minhas emoções, os sentimentos, discernir o bom do prejudicial...pondo de lado todo o perfeccionismo a que era fiel.
Tudo tem duas faces. Cabe a nós procurar pela positiva e retirar a mensagem da negativa, tentando aprender com ela para não voltar a cair no erro. É como costumam dizer: errar é humano, repetir o erro estupidez... E, o que não falta por aí é gente estúpida (literalmente).Pois,preferem passar uma vida mergulhada na tristeza de feridas por cicatrizar do passado, ou na incerteza do futuro esquecendo-se do presente. Este instante que pode fazer a diferença de tudo, tal como o sim faz do não, e, o incerto da certeza de ser do agora.
Sou muito grata a todos os que por mim passaram. Pois tudo o que sou devo-o a um background do meu passado. Nem tudo foi bom, mas talvez não fosse como sou hoje se tal não tivesse existido e feito mudar a minha maneira de ser.
Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração, dizer tudo o que se tem para dizer, não ter medo de dizer não, não esquecer nenhuma ideia, nenhum pormenor, deixar tudo bem claro em cima da mesa para que não restem dúvidas e não duvidar nunca daquilo que estamos a dizer. E mesmo que a voz trema por dentro, há que fazê-la sair firme e serena, e mesmo que se oiça o coração bater desordenadamente fora do peito é preciso domá-lo, acalmá-lo, ordenar-lhe que bata mais devagar e faça menos alarido, e esperar, esperar que ele obedeça, que se esqueça, apagar-lhe a memória, o desejo, a saudade, a vontade. Às vezes é preciso partir antes do tempo, dizer aquilo que se teme dizer, arrumar a cabeça, limpar a alma e prepará-la para um futuro incerto, acreditar que esse futuro é bom e afinal já está perto, apertar as mãos uma contra a outra e rezar a um deus qualquer que nos dê força e serenidade. Pensar que o tempo está a nosso favor, que o destino e as circunstâncias de encarregarão de atenuar a nossa dor e de a transformar numa recordação ténue e fechada num passado sem retorno que teve o seu tempo e a sua época e que um dia também teve o seu fim. Às vezes mais vale desistir do que insistir, esquecer do que querer, arrumar do que cultivar, anular do que desejar. No ar ficará para sempre a dúvida se fizémos bem, mas pelo menos temos a paz de ter feito aquilo que devia ser feito, somos outra vez donos da nossa vida e tudo é outra vez mais fácil, mais simples, mais leve, melhor. Às vezes é preciso mudar o que parece não ter solução, deitar tudo abaixo para voltar a construir do zero, bater com a porta e apanhar o último combóio no derradeiro momento e sem olhar para trás, abrir a janela e jogar tudo borda fora, queimar cartas e fotografias, esquecer a voz e o cheiro, as mãos e a cor da pele, apagar a memória sem medo de a perder para sempre, esquecer tudo, cada momento, cada minuto, cada passo e cada palavra, cada promessa e cada desilusão, atirar com tudo para dentro de uma gaveta e deitar a chave fora, ou então pedir a alguém que guarde tudo num cofre e que a seguir esqueça o segredo. Às vezes é preciso saber renunciar, não aceitar, não cooperar, não ouvir nem contemporizar, não pedir nem dar, não aceitar sem participar, sair pela porta da frente sem a fechar, pedir silêncio e paz e sossego, sem dor, sem tristeza e sem medo de partir. E partir para outro mundo, para outro lugar, mesmo quando o que mais queremos é ficar, permanecer, construir, investir, amar.Porque quem parte é quem sabe para onde vai, quem escolhe o seu caminho e mesmo que não haja caminho porque o caminho se faz a andar, o sol, o vento, o céu e o cheiro do mar são os nossos guias, a única companhia, a certeza que fizemos bem e que não podia ser de outra maneira. Quem fica, fica a ver, a pensar, a meditar, a lembrar. Até se conformar e um dia então esquecer. Se é que isso acontecerá mesmo...
THINK OF ME
Think of me, think of me fondly,
when we've said goodbye.
Remember me once in a while
please promise me you'll try.
Think of all the things we've shared and seen
don't think about the things which might have been . . .
Think of me, think of me waking,
silent and resigned. Imagine me,
trying too hard to put you from my mind.
Recall those days look back on all those times,
think of the things we'll never do
there will never be a day,
when I won't think of you . ..
Promise me, that sometimes you will think of me.
(Think of me - The Phantom of the Opera)
21 de maio de 2009
20 de maio de 2009
ASA DE PAPEL COM CHÁ
Apago as estrelas, já tão amarrotadas pelo traço da ilusão e no caminho da solidão, visto um pijama céu de jasmim. Serena fico à espera daquilo que nunca será (espero estar errada)...A minha vida é um desenho diluído em chá. Bebes?
(http://agripinaroxo.blogspot.com/)
"Talvez eu nunca volte a caminhar...por ruas que não me levam a nenhum lugar..."
(Cris Rostheuser)
(http://agripinaroxo.blogspot.com/)
"Talvez eu nunca volte a caminhar...por ruas que não me levam a nenhum lugar..."
(Cris Rostheuser)
18 de maio de 2009
UMA LIÇÃO...
Com o tempo...
. Aprendes que estar com alguém só porque esse alguém te oferece um bom futuro, significa que mais cedo ou mais tarde irás querer voltar ao passado...
. Dás-te conta que casar só porque “está sozinho(a)”, é uma clara advertência de que o casamento será um fracasso...
. Compreendes que só quem é capaz de te amar com os teus defeitos, sem pretender mudar-te, é que pode dar-te toda a felicidade que desejas...
. Dás-te conta de que se estás ao lado de uma pessoa só para não ficar sozinho(a), com certeza em algum momento vais desejar não voltar a vê-la...
. Dás-te conta de que os amigos verdadeiros valem mais do que qualquer montante de dinheiro...
. Entendes que os verdadeiros amigos se contam pelos dedos, e que aquele que não luta para os ter, mais cedo ou mais tarde se verá rodeado unicamente de amizades falsas...
. Aprendes que as palavras ditas num momento de raiva, podem continuar a magoar a quem o disseste, durante toda a vida...
. Aprendes que desculpar todos o fazem mas perdoar, só as almas grandes o conseguem...
. Compreendes que se feriste muito um amigo, provavelmente a amizade jamais será a mesma...
. Dás-te conta de que cada experiência vivida com cada pessoa, é irrepetível...
. Dás-te conta de que aquele que humilha ou despreza um ser humano,
mais cedo ou mais tarde sofrerá as mesmas humilhações e desprezos,
só que multiplicados...
. Aprendes a construir todos os teus caminhos hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para fazer planos...
. Compreendes que apressar as coisas ou forçá-las para que aconteçam, fará com que no final não sejam como esperavas...
. Dás-te conta de que, na realidade, o melhor não era o futuro,
mas sim o momento que estavas a viver naquele instante...
. Aprendes que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que amas, dizer que sentes falta, dizer que precisas, dizer que queres ser amigo... ...junto de um caixão... ...deixa de fazer sentido...
(autor desconhecido)
. Aprendes que estar com alguém só porque esse alguém te oferece um bom futuro, significa que mais cedo ou mais tarde irás querer voltar ao passado...
. Dás-te conta que casar só porque “está sozinho(a)”, é uma clara advertência de que o casamento será um fracasso...
. Compreendes que só quem é capaz de te amar com os teus defeitos, sem pretender mudar-te, é que pode dar-te toda a felicidade que desejas...
. Dás-te conta de que se estás ao lado de uma pessoa só para não ficar sozinho(a), com certeza em algum momento vais desejar não voltar a vê-la...
. Dás-te conta de que os amigos verdadeiros valem mais do que qualquer montante de dinheiro...
. Entendes que os verdadeiros amigos se contam pelos dedos, e que aquele que não luta para os ter, mais cedo ou mais tarde se verá rodeado unicamente de amizades falsas...
. Aprendes que as palavras ditas num momento de raiva, podem continuar a magoar a quem o disseste, durante toda a vida...
. Aprendes que desculpar todos o fazem mas perdoar, só as almas grandes o conseguem...
. Compreendes que se feriste muito um amigo, provavelmente a amizade jamais será a mesma...
. Dás-te conta de que cada experiência vivida com cada pessoa, é irrepetível...
. Dás-te conta de que aquele que humilha ou despreza um ser humano,
mais cedo ou mais tarde sofrerá as mesmas humilhações e desprezos,
só que multiplicados...
. Aprendes a construir todos os teus caminhos hoje, porque o terreno de amanhã é demasiado incerto para fazer planos...
. Compreendes que apressar as coisas ou forçá-las para que aconteçam, fará com que no final não sejam como esperavas...
. Dás-te conta de que, na realidade, o melhor não era o futuro,
mas sim o momento que estavas a viver naquele instante...
. Aprendes que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que amas, dizer que sentes falta, dizer que precisas, dizer que queres ser amigo... ...junto de um caixão... ...deixa de fazer sentido...
(autor desconhecido)
17 de maio de 2009
WHAT IF YOU...
"What If You..."
What if you
Could wish me away
What if you
Spoke those words today
I wonder if you'd miss me
When I'm gone
It's come to this, release me
I'll leave before the dawn
But for tonight
I'll stay here with you
Yes, for tonight
I'll lay here with you
But when the sun
Hits your eyes
Through your window
There'll be nothing you can do
What if you
Could hear this song
What if I
Felt like I belong
I might not be leaving
Oh so soon
Began the night believing
I loved you in the moonlight
So, for tonight
I'll stay here with you
Yes, for tonight
I'll lay here with you
But when the sun
Hits your eyes
Through your window
There'll be nothing you can do
I could've treated you better
Better than this
Well, I'm gone, this song's your letter
Can't stay in one place
So, for tonight
I'll stay here with you
Yes, for tonight
I'll lay here with you
But when the sun
Hits your eyes
Through your window
There'll be nothing you can do.
PERGUNTO-ME
"Faz da tua ausência o bastante para que alguém sinta tua falta, mas não a prolongues demais para que esse alguém não aprenda a viver sem ti."
(autor desconhecido)
Tenho medo que isso aconteça. Medo que algum dia te esqueças de mim. Do que sentíamos quando estávamos juntos e tudo se desvaneça e caia como um castelo de cartas no ar.
Pergunto-me porque continuo a gostar de ti. Porque não te esqueço. Porque me vejo envelhecer a teu lado e a mergulhar todos os dias no teu olhar enigmático?! Penso que tudo isto...todas estas provas servirão para avaliar a dimensão do amor de cada um.
Tenho tantas saudades tuas. O coração deu o alarme há ja algum tempo e não sei que fazer com o que sinto. Ainda se soubesse o que tu sentes deveras...Lutaria por ti, por nós...independentemente da razão ou do que possa vir a acontecer. Iria atrás de ti até ao fim do mundo se fosse preciso.
Não se escolhe quem se ama.
Não se manda no coração.
E eu só anseio ser feliz junto de ti, meu ilustre amigo, meu amor.
(autor desconhecido)
Tenho medo que isso aconteça. Medo que algum dia te esqueças de mim. Do que sentíamos quando estávamos juntos e tudo se desvaneça e caia como um castelo de cartas no ar.
Pergunto-me porque continuo a gostar de ti. Porque não te esqueço. Porque me vejo envelhecer a teu lado e a mergulhar todos os dias no teu olhar enigmático?! Penso que tudo isto...todas estas provas servirão para avaliar a dimensão do amor de cada um.
Tenho tantas saudades tuas. O coração deu o alarme há ja algum tempo e não sei que fazer com o que sinto. Ainda se soubesse o que tu sentes deveras...Lutaria por ti, por nós...independentemente da razão ou do que possa vir a acontecer. Iria atrás de ti até ao fim do mundo se fosse preciso.
Não se escolhe quem se ama.
Não se manda no coração.
E eu só anseio ser feliz junto de ti, meu ilustre amigo, meu amor.
15 de maio de 2009
AFINIDADE
Afinidade não é o mais brilhante, mas é o mais subtil, delicado e penetrante dos sentimentos. O mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afecto, no exacto ponto onde foi interrompido. Afinidade é não haver tempo medindo a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjectivo sobre o objectivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial (da esperança sobre a experiência).
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos factos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
A afinidade não precisa de amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilómetros de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa de tempo para existir. Afinidade é adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as têm.
Afinidade é retomar a relação do ponto onde parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado...
(Arthur da Távola)
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afecto, no exacto ponto onde foi interrompido. Afinidade é não haver tempo medindo a vida. É uma vitória do adivinhado sobre o real. Do subjectivo sobre o objectivo. Do permanente sobre o passageiro. Do básico sobre o superficial (da esperança sobre a experiência).
Ter afinidade é muito raro. Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro com quem você tem afinidade.
Afinidade é ficar de longe pensando parecido a respeito dos mesmos factos que impressionam, comovem ou mobilizam. É ficar conversando sem trocar palavras. É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. Afinidade é sentir com. Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. É olhar e perceber. É mais calar do que falar. Ou quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar.
Afinidade é jamais sentir por. Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. Mas quem sente com, avalia sem contaminar. Compreende sem ocupar o lugar do outro. Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.
A afinidade não precisa de amor. Pode existir com ou sem ele. Independente dele. A quilómetros de distância. Na maneira de falar, de escrever, de andar, de respirar.
Há afinidade por pessoas a quem apenas vemos passar, por vizinhos com quem nunca falamos e de quem nada sabemos. Há afinidade com pessoas de outros continentes a quem nunca vemos, veremos ou falaremos.
A afinidade é singular, discreta e independente, porque não precisa de tempo para existir. Afinidade é adivinhação de essências não conhecidas nem pelas pessoas que as têm.
Afinidade é retomar a relação do ponto onde parou, sem lamentar o tempo da separação. Porque tempo e separação nunca existiram. Foram apenas a oportunidade dada (tirada) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais, a expressão do outro sob a forma ampliada e refletida do eu individual aprimorado...
(Arthur da Távola)
5 de maio de 2009
27 de abril de 2009
NÓS
Ver-te deixa-me extasiada de saudade e rapta-me para um mundo de fantasias e ilusões onde me volto a reencontrar contigo, onde te toco e a nossa pele se funde numa só.
Perto de ti, o escudo que uso para me proteger do medo de amar e ser amada cai e entrego-me a uma melodia hipnotizante dos sentidos.
E quando finjo que esqueço...Não esqueci nada. E cada vez que tento fugir, aproximo-me mais. É mais forte que eu.
O nosso olhar denuncia-nos. Fala mais que as palavras que tememos proferir com receio do tempo.
Quem de nós dois vai dizer que é impossível o amor acontecer...quando ele já existe.
Sinto-me uma tola em escrever, em refugiar-me em palavras. Talvez seja o meu modo de chegar a ti.
Pergunto-me somente que sentirás tu...Em que pensas quando te remetes ao grito de um doce sorriso.
7 de abril de 2009
27 de março de 2009
A ILUSÃO DO SENTIR
Às vezes penso como seria se se pudesse reescrever a vida. Que mudava?
Como expressar o quanto gostamos de alguém, lhe queremos bem e que a queremos para sempre na nossa vida?!
No vaivém de ricochetes de palavras numa discussão atordoante ou no silêncio da imensidão acaba-se por não se dizer e mostrar o que se sente, o que de verdade queríamos que a outra pessoa soubesse...
Calamos, guardamos para nós como se de um tesouro se tratasse. E porque não? É muito mais fácil. O problema só aparece quando o momento se perde no tempo e não dá mais.
Porquê esta incapacidade de mostrar os sentimentos, quando deveria ser o mais fácil, ou não se tratasse dos mesmos sentimentos que nos distinguem de todos os outros seres vivos?
Penso que é egoísmo não deixar que o outro tome noção da sua importância e dimensão para nós... Como pode um pensamento, um gesto não tomar efectivamente forma...
Porque é que a vida nos puxa o tapete debaixo dos pès, quando estávamos quietinhos no nosso canto? Que nos quer mostrar?
A verdade é que muito se perde no acto de calar o que se sente e ferir quem amamos...num instante de uma palavra, numa gota de loucura.
FAZES-ME FALTA
Porque há momentos em que devíamos pensar e não falar...porque há momentos em que deveríamos falar e nem pensar.
Porque custa tanto dizer gosto de ti! Dizer tenho saudades tuas... Porque já não me vês?! Tomara eu fazer parte da tua felicidade... Ou tomara apenas conseguir dizer-te tudo isto que sinto, já que não dá para voltar atrás no tempo.
Julguei-te página virada e não obstante foste-te tornando cada vez mais presente. Presente ao ponto de querer transformar em ti qualquer outra pessoa que entrasse na minha vida.
Deixaste a tua marca em mim. Em cada sítio... algo teu... Algo que muitas vezes não quis ver e muito menos sentir... Mas que não queria mudar: era ali o seu lugar. Tinha medo da dimensidão do amar, do alguém gostar de nós... Era melhor o estúpido refúgio de estar só... ou com alguém de quem não gostasse tanto e vice-versa. Hiperbolada parvoíce! Foi preciso o coração dar o alerta e disparar cada vez que te via ou falava contigo, ou alguém dizer "tu nunca o esqueceste...procuraste por quem sempre tinhas à frente". Sim!...E agora?!... Como se volta ao início? Ou ao princípio do fim e construir um novo? Como posso provar o quanto te quero e gosto de ti ? Certo ou errado? Agora ou nunca mais? Porquê? Será que posso reservar alguma esperança ou desistir? ... Quando finalmente sei o quanto te adoro e sempre senti.
28 de janeiro de 2009
ANTI-AMOR OU NÃO: EIS A QUESTÃO
"Ao perder-te a ti perdemos tu e eu: eu porque tu eras o que eu mais amava, e, tu porque eu era quem mais te amava. Mas de nós dois quem mais perde és tu: porque eu poderei amar outras pessoas como te amava a ti, mas a ti não te hão-de amar como eu te amava."
(Ernesto Cardenal)
(Ernesto Cardenal)
É dias como estes, em que somos bombardeados e atordoados com publicidade romântica e algo entediante ou não fosse dia dos namorados, que nos fazem lembrar a falta daquela pessoa especial a nosso lado, aquela a irremediavelmente ficámos presos um dia que mais valia ser designado de não dia.
OK! Sei que parece reclamação de quem está sozinho. Se bem que, nem se esta assim tão mal sozinho...Tem as suas vantagens segundo o que consegui apurar:
1. Não há ninguém para se dar satisfações sobre o que se vai fazer, quando e com quem.
2. Certeza de que não há qualquer efeite.
3. Não se perde tempo imaginando onde é que ele está e o que sente.
4. Quase sempre sobra mais dinheiro no final do mês.
5. A constante expectativa de conhecer alguém novo.
6. Ciúmes estão out.
7. Seduzir sem dor na consciência.
Agora quando bate tudo cá dentro surgem as desvantagens:
1. Solidão.
2. Falta de carinho, de alguém para nos fazer cafuné ou ouvir o nosso silêncio.
3. Onde está o parceiro com quem víamos dvd's juntinho ou escolhíamos música para geniais CD's!?
4. Aquele com quem ríamos de tudo e chorávamos do nada.
5. Aquele em que nos perdíamos horas fiadas a conversar.
6. A pessoa perfeita com quem implicar.
7. A visão perfeita da nossa metade da laranja.
[Nota:A qual quando não encontrada nos obriga a procurar pela metade do LIMÃO, adicionar vodka, açucar e gelo e fazer por ser FELIZ ...isto já se for imune à ressaca e ao vírus "vazio" no dia seguinte.]
Mas no meio disto tudo ainda me deito a sonhar e a esperar pelo meu principe encantado continuando a cair no erro de amar demais. Que totó!
E pensar que, há apenas alguns anos atrás me considerava anti-amor evitando a utopia de sonhos traçados a dois e a desilusão. É tudo para aprender a não ser teimosa e dar valor a quem passa na minha vida e aos pequenos momentos que podem não voltar...
Vou fiar-me nas palavras da minha avó: "O que tiver de ser teu, ao teu encontro virá." Será?!
22 de janeiro de 2009
TANTO QUE EU NÃO TE DISSE...
Quando cai uma estrela cadente, uma alma parte para o céu.
Ontem, às 3 da manhã vi uma de um brilho especial e fugaz. Eras tu. Sei que sim, algo me disse.
Partiste à pouco, mas já sinto a tua falta. Nunca te disse o quanto te adorava. Eras e serás sempre o meu calcanhar de Aquiles, a pessoa que mais amei.
Sempre vi em ti a força e a coragem que queria para mim.E, é ao que me agarro para seguir em frente de cabeça erguida.
Eras livre como o vento. Nada te detinha e quando punhas algo na cabeça ias até ao final. Eras um lutador! E a pessoa que melhor me compreendia.Bastava um olhar e o teu piscar de olho, como que a confirmar que tudo ia correr bem e que se pode ser feliz apesar das adversidades.
Lembro-me de ser pequenina e andar atrás de ti num pinhal, a escolher uma árvore...Não te largava e nunca o farei.
Era o comer feijões pequenos ao desafio, era o alimentar as cabrinhas e ver o brilho no teu olhar quando falavas das tuas investidas.Cada palavra tua bebia-a sofregamente.
Estavas sempre lá para mim e para todos.
Onde quer que estejas sei que estás bem. A hora estava marcada e tu como sempre tinhas de ser pontual.
Meu porto de abrigo, meu refúgio aonde quer que vá levo o teu coração no meu coração e a tua força para lutar.
Mas sinto tanto a tua falta...Tanta coisa junta e eu só queria outra vez aquele piscar de olhos e o sorriso como que a dizer que vai ficar tudo bem. Adoro-te VÔ...muito.
SAUDADE
Pergunto-me onde estarás...Se estás bem... Tenho saudades tuas. Por mais que tente contrariar o coração, ele volta sempre a bater mais forte cada vez que me lembra de ti. Porque gosto tanto de ti?! Explica-me. Porque foste embora e arrastaste contigo os meus sentidos, o meu amor. Convenço-me que um dia não passarás de recordações, memórias, mas ainda te quero e ainda espero por ti. Ainda espero ouvir um dia que tomaste a decisão errada e que na realidade me amas mais do que pensavas.
Sonhos, utopias... Talvez. Deliro por ti, e, guardo em mim o desejo de seres meu, de voltarmos a ser o nós. Mesmo magoada e a tentar apanhar os pedaçinhos do meu coração... não te esqueço.
29 de dezembro de 2008
TATUAGEM DE TI
De cada vez que paro e olho para trás, de cada vez que revivo todos os momentos e as emoções que me encheram o coração, parecem-me menos... Ironia da vida: aquilo que nos parecia maior que o mundo afinal não é nada, absolutamente nada, comparado com as felicidades que o simples passar dos dias nos trás, que o pouco torna muito.
Hoje, mais que nunca, compreendo que é verdade que quando se acha aquela pessoa, a quem à falta de nome melhor chamamos apenas amor da nossa vida, o mundo pára. E tudo o que existiu para trás, tudo o que lhe era anterior, parece mais pequeno, menos importante. Tudo o que foi e passou, todos os momentos, todas as pessoas que por mim passaram, todo o meu background me projecta no que sou hoje. E sou muito grata por tudo, porque é esta pessoa que ele ama, ou assim eu queria e desejo. Mas, tendo como comparação as alegrias de todo um amor, imenso e quase que de filme, como poderia eu ver bem maior?! Depois de saber a felicidade que é, simplesmente, perder-me nos teus braços e ouvir da tua boca um "amo-te" quase que sussurrado, que outra coisa me pareceria melhor? E ouvir o teu riso e saber-te feliz? Não meu amor, não conheci até hoje nada maior, nada melhor ou alguém que me fizesse mais feliz que tu.
Deliro de ti. Sou aquela que na ausência doce te ama até à morte do tempo. Preencho-me com a tua ausência, por todos os labirintos me perco para te achar dentro de mim. Mas com tanto amor impregnado na distância, com o meu jeito de criança ansiando pela tua presença, quando me dá na telha, quando estar perto é a finalidade a que me proponho. No teu colo, com medo, entre as estrelas que não tocamos, na poeira que acumula histórias, na cama das nossas caricias. Nesta madrugada em que não me ouves. Não quero te fazer doer, mas esta sou eu, aprisionada à liberdade da busca. E quero-te assim, todo meu, egoísticamente meu. Gosto-te tanto...
Passo metade dos meus dias desesperada por não te poder tocar. O resto do tempo, sinto que não importa tornar ou não tornar a ver-te. Não é uma questão de moral, mas do ponto até onde chega a resistência de uma pessoa."
A verdade é que me custa ser apenas amiga... Gosto demasiado de ti, para apenas ter a tua amizade, sabendo que esta é melhor que nada. Como eu queria que entrasses em mim e visses o que sinto e o quão te desejo na minha vida..mesmo que agora estejas longe.
Tudo o que nos separa talvez um dia nos una. O que tiver de acontecer, será...Até lá, serei uma tatuagem de ti.
Hoje, mais que nunca, compreendo que é verdade que quando se acha aquela pessoa, a quem à falta de nome melhor chamamos apenas amor da nossa vida, o mundo pára. E tudo o que existiu para trás, tudo o que lhe era anterior, parece mais pequeno, menos importante. Tudo o que foi e passou, todos os momentos, todas as pessoas que por mim passaram, todo o meu background me projecta no que sou hoje. E sou muito grata por tudo, porque é esta pessoa que ele ama, ou assim eu queria e desejo. Mas, tendo como comparação as alegrias de todo um amor, imenso e quase que de filme, como poderia eu ver bem maior?! Depois de saber a felicidade que é, simplesmente, perder-me nos teus braços e ouvir da tua boca um "amo-te" quase que sussurrado, que outra coisa me pareceria melhor? E ouvir o teu riso e saber-te feliz? Não meu amor, não conheci até hoje nada maior, nada melhor ou alguém que me fizesse mais feliz que tu.
Deliro de ti. Sou aquela que na ausência doce te ama até à morte do tempo. Preencho-me com a tua ausência, por todos os labirintos me perco para te achar dentro de mim. Mas com tanto amor impregnado na distância, com o meu jeito de criança ansiando pela tua presença, quando me dá na telha, quando estar perto é a finalidade a que me proponho. No teu colo, com medo, entre as estrelas que não tocamos, na poeira que acumula histórias, na cama das nossas caricias. Nesta madrugada em que não me ouves. Não quero te fazer doer, mas esta sou eu, aprisionada à liberdade da busca. E quero-te assim, todo meu, egoísticamente meu. Gosto-te tanto...
Passo metade dos meus dias desesperada por não te poder tocar. O resto do tempo, sinto que não importa tornar ou não tornar a ver-te. Não é uma questão de moral, mas do ponto até onde chega a resistência de uma pessoa."
A verdade é que me custa ser apenas amiga... Gosto demasiado de ti, para apenas ter a tua amizade, sabendo que esta é melhor que nada. Como eu queria que entrasses em mim e visses o que sinto e o quão te desejo na minha vida..mesmo que agora estejas longe.
Tudo o que nos separa talvez um dia nos una. O que tiver de acontecer, será...Até lá, serei uma tatuagem de ti.
YOU
I don’t want you, I need you.
I don’t care for you, I love you.
I’ll be there for you because of you. I’ll do anything for you.
I don’t care for you, I love you.
I’ll be there for you because of you. I’ll do anything for you.
I won’t sing for you, I’ll belt for you.
I won’t cry for you, I’ll bawl for you.
I won’t cry for you, I’ll bawl for you.
I won’t die for you, I’ll live for you. I’ll do anything for you.
If you want me to stay, then I’ll stay. If you want me to go, I’ll go...
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